segunda-feira, setembro 11, 2006

Sorrir



Sorrir
Só quero
Sorrir
Ter agúem ao meu lado para amar e sorrir
Alguém com quem partilhar a vida e sorrir
Alguém para chorar comigo e sorrir
Poderia eu não ter grandes paixões
Aquela pessoa ao meu lado
Mas nem so á frente esta o nosso caminho
Nem so dos lados encontramos os nossos apoios
Mas paro aqui
Firme
E olho para trás
E vejo que tenho o que nada pode substituir no mundo
Olho para trás de mim e tenho os meus amigos
A sorrir
Prontos para me apoiarem em qualquer decisão que eu tome
Prontos para me segurarem por um passo mal dado
Que me fará cair na perdição
Perdição talvez,
Lado escuro que da luz não perdoa a alma.
Alma rota do desgaste da vida
Porque me fazes viver todas as noites da vida?
Noites imundas de culpa de viver
Noites abafadas que nos cortam a respiração do coração
Por entre pesadelos arrebatadores
Os pesadelos estão me deitando a auto confiança ao mar
Como cinzas de um corpo queimado
Sonhar com amigos
Por uma despedida diária de divertimento e sorrisos
Gestos de amizade e afecto inigualável
Que são destruídos pela luz branca mais temível
Como um choque que me anestesia
A luz branca desvanece
O abrir dos olhos e avistar as caras de quem mais gosto
As caras dos meus amigos
Que se me desfazem em fragmentos de desespero quando
De meu mal riem,
E de meu azar cortejam
E me fazem ganhar forças e levantar do chão gélido
Olhar para de se onde eu renasci
E me ver num oceano de meu próprio sangue
Me ver morto por uma vida de sofrimento
De lágrimas de sangue escorridas pelo rosto
De tristezas que vão saindo de todos os rasgos feitos na pele
Como o sangue vai saindo para o chão
Neste meu corpo
De uma vida morta
Sinto novamente rasgos nas costas
Como facas saindo de dentro de mim
São asas
Mas não de anjo
Porque eu também cometi erros
Eu também fiz asneiras
Embora o meu sofrimento tenha sido muito
Sofrimento que me leva por vezes a querer morrer
Sofrimento que leva por vezes a sentir na pele fina
O ardor de uma lamina que o pensamento dos amigos a detém de entrar
As asas não são brancas
Não são negras
São apenas recordações de minha vida alegremente sofrida
Porque a verdadeira felicidade eu desconheço
Eu não sei o que é por isso digo k não conheço
Asas que me levam a subir ao céu
Mas que não me levam a nenhum paraíso
Não me levam a nenhum inferno
E não me perguntem pk pois não sou ninguém para me julgar
Apenas me levam para uma nuvem
Bem lá no recanto da solidão
Para que o resto da minha alma seja esquecida
Para que o resto do meu corpo seja coberto pela terra que todos pisam
Mas que todos são pisados
Aqui sentado vejo o mundo girar
Neste canto que se a lembrança não nasce a solidão adormece
Vejo a vida de quem mais gosto passar
Os seus sorrisos
Mas também as suas tristezas
E logo saio desta escuridão
Abandono o meu lugar do esquecimento
Para ajudar quem afinal gosta de mim
Quem afinal não esquece de mim
Quem afinal
Me da motivos para
Sorrir