quinta-feira, novembro 15, 2007

uma velha...

era de nome
costureira de profissao
é o que corria pelos rumores
que todas as senhoras falavam
e comentavam os senhores
que boa aparencia nao tinha
boa fala nao tecia
e seu olhar desvanecido era
curiosidade eu tinha
em descobrir quem tal pessoa
demasiado estava a ser falada
que todas os dias
saia pela noite calada
de luto ao corpo
de lentos passos confiantes
de vara de apoio em punho
eu ouvira tudo isso
mas curiosidade eu nao tinha
nem saber de se onde ela vinha
pois pela inocencia sou guiado
inocencia essa
que por erro normal
me levou a rasgar
uma coisinha pa mim tao vulgar
desconhecendo eu
que o destino ja tinha definido o meu lugar
nao tinha a quem recorrer
nao tinha quem me ajudasse a remendar
o meu algo vulgar...
que tinha a forma de uma pequena
camisola sem mangas
branca em todos os sentidos..
ate que ao fim pensei
se ate agora errei
por nao pensar no que poderia faxer
e que da velha costureira
eu me estava a eskecer
medo nao tinha de ter
pois mal nenhum eu lhe taria a faxer
naquele dia de manha
levantei me e fui la
abrindo me a porta com sorriso discreto
olhando me com akele olhar secreto
em sua casa entrei
com tristeza lhe dixe que a minha camisola rasguei
ela na sua cadeira se sentou
e a camisola me tirou
po-la em cima da mesa
sem qualquer ruga
ou amasso
seu olhos mudaram de cor
agora eu via la dentro um fervor
que me queria queimar
destruir
me deitar ao mar
com uma grosa agulha e linha invisivel
o remendo ela coseu
o meu peito quase que encolheu
por força bruta e severa que me atacou
para nao bastar
pegou numa tesoura
virou a camisola
e a espetou
no lugar do peito
e eu meio sem jeito
cai no chao
e vi
gotas grossas de sangue
percorrerem da mesa
ate ao meu lado
e kando me tocou
o meu corpo congelou
sem forças
ali estava
enkt
bruxa de meu medo
de minha consciencia
pk me espetas no peito
golpe mortal
pk me impinges no eskecimento
na amrgura
pk me roubas o meu sangue
a intencidade vermelha
do meu carinho
do meu amor
pk me tentas roubar o meu sentimento?
mas de mim nao roubas
o que eu mais quero
desejo
venero
o que eu mais gosto
adoro
amo
nao me roubas o meu amor
nao me roubas a minha virtude
pois sou rei de mim mesmo
da casa
da velha
costureira de profissao
apenas saiu minha alma
minha lembrança de quem me amava
xoro de quem me adorava
pois meu corpo
banhado de meu proprio sangue
destruido pela minha inocencia
e caido na decadencia

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

é verdade pode-se roubar uma vida, mas nunca o sentimento, oser, o sonho de uma pessoa.........
continua a escrever tens dom.............

4:03 da tarde  

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